sábado, 9 de abril de 2011

Um protagonista Crú

Observações sobre o filme EstômagoA imagem “http://www.nossadica.com/fto_filmes/estomago2.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

By Cristina Dias

Para Prof. Daniela de Teoria da Comunicação

Efetuei a pesquisa da ficha técnica e li uma critíca positiva sobre o filme, essa critíca me torneou no texto a seguir.

Direção: Marcos Jorge em parceria com Fabrizio Donvito
Atores: João Miguel, Fabiula Nascimento, Carlo Briani e Babu Santana.
Ano de lançamento: 2007
País: Brasil / Itália
Prêmios: Festival Internacional de Punta Del Este e Rotterdam, Festival de Berlin e Festival Rio 2007.
Duração: 112 min.
Gênero: Drama

Um Protagonista Crú


Esse filme se inicia silenciosamente, talvez como mais uma possibilidade de um clichê, porém ao decorrer da trama enxergamos visivelmente, que somos criaturas adaptáveis, sempre.
A postura de Raimundo Nonato é sempre a da passividade, ele conquista as pessoas com suas criações, com seu talento natural para cozinha, por sua ignorância em acreditar, que um reles dono de bar de péssima índole, é um grande conhecedor de cozinha.
Nesse estágio, Raimundo Nonato ainda não está plenamente conhecedor de seu dom natural, ainda experimenta a sensação do prazer do elogio e de possuir uma mulher, mesmo que ela seja uma prostituta, são aquisições não almejadas.



Entendo que o filme é mais que isso, o poder tem estágio, e habita o microcosmo de Raimundo Nonato, que posteriormente chamará a si mesmo de Nonato Canivete, e por fim, Alecrim, seu último nome na trama, talvez o mais relevante.
O filme nos remete aos excluídos, pessoas que vem a São Paulo em busca de uma possibilidade no mercado de trabalho, sem conhecimento algum, sem uma base de cultura qualquer, na plena ignorância, inicialmente até diria, ingenuidade. A falta de companheirismo, a solidão, são máximas em uma capital fria e quente, doce e amarga, livre e presa.
Eu me choquei com esse longa, por ele expressar o homem convivendo pelas percepções, emoções e paixões, sem cultura, livre de um pleno conhecimento. O conhecimento explicito vem naturalmente acontecendo junto com o lhe propiciam, ele não é dono de si, mas se faz presente e galga espaços grandes pra um homem do nada.


Ocorre que no final do filme, é feito uma comparação do poder, assim entendi, onde fica exposto o ânus de Raimundo Nonato, ao atingir a beliche mais alta da cela, que até então era ocupada pelo Bojíu, que sempre ao deitar mostrava o inicio de seu ânus, numa posição fetal.
Em suma, para mim, é um dos melhores filmes nacionais que assisti em dois anos, existem outros tantos em minha cabeça, mas esse tem todos os ingredientes de um excelente filme.


Fontes de pesquisa: http://www.cineplayers.com/critica.php?id=1291

http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL398091-7086,00-CRITICA